sábado, 3 de setembro de 2011

n(amor)ada

amores, des-amores. tanto se amam, como se odeiam. mas o que é o amor afinal? como é que algo abstracto se sente? o que é sentir algo? as pessoas centram-se demais no amor, confiam demasiado nele, acreditam que ele realmente existe e que ocupa nossos corações. lembranças, recordações, saudades, emoções, fazem-nos sofrer à toa. incertezas e certezas incertas, decisões erradas. algo que prende, nunca se sabe bem porquê. euforia, ansiedade. o querer tanto uma coisa. lágrimas que caem em vão, que fogem com o vento e secam em segundos. limpo a cara e pergunto-me '' para quê tanto sofrimento?'', como é que o medo me controla? psicológico, prejudica. parece o amor certo.. quem me garante que ele realmente existe? respondem-me: os sentimentos. e o que são sentimentos? sentir falta de alguém? procurar algo que não se sabe o que é e que nem sabemos bem se perdemos, mas que no fundo está mesmo a nossa frente? complicamos tudo. abrimos nossos corações e dizemos ''te dou todo o meu amor''. mas que amor é esse? e como é que alguém o pode dar? dizem ser algo que faz a pessoa sentir-se bem, que é coisa boa. mas também há amor negativo, que nome tem? também se sente? e que sentimentos são esses? como é que alguém consegue sentir algo intocável, como o amor? o amor não se sente, pressente-se. por isso é que não acredito nele. já me deu muitas provas da sua existência, é verdade. mas também já me mostrou que pode ser o meu pior inimigo na maior parte das vezes. o amor cansa-me. e a palavra em si trás sofrimento. amor é um (pres)sentimento impossível de se descrever, impossível de se perceber, impossível de se querer perder. controla-nos, e descontrola-nos. o amor? é fodido, para todos, até mesmo para os que parecem perfeitos. e a mim? fode-me sempre.


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